domingo, 3 de novembro de 2013

 
 
Sant’Ana do Livramento inaugura “Monumento a Paixão Côrtes”

Nesta quarta-feira, dia 06/11/2013, às 10 horas, será inaugurado o “Monumento a Paixão Côrtes”, em homenagem ao ilustre santanense. O Monumento está localizado na entrada da cidade de Sant’Ana do Livramento, na bifurcação (trevo) da Avenida João Belchior
Goulart (BR 158) com a Avenida Dom Pedro II, próximo ao módulo da Brigada Militar.




A OBRA E O ESCULTOR

Este monumento consiste em um pedestal com degraus de acesso à estátua, de cerca de 3,5 metros, reproduzindo a figura atual do folclorista, de corpo inteiro, com roupas regionais, em saudação hospitaleira aos visitantes da cidade.

A obra artística é do consagrado arquiteto e virtuoso artista plástico Sérgio Coirolo (sergiocoirolo.blogspot.com.br), figura entre os grandes nomes da arte contemporânea. As obras do artista estão espalhadas em galerias, coleções particulares e ao ar livre pelo Brasil e pelo mundo. Expôs seus trabalhos em Florença, Itália, berço do Renascimento Artístico e a "Meca" da arte escultural. Cidades como Bagé, Dom Pedrito, Cruz Alta, Mostardas, Palmeira das Missões, Aceguá, no Rio Grande do Sul, Florianópolis, em Santa Catarina, Melo, no Uruguai, e Trás os Montes, em Portugal, têm a honra de possuir trabalhos do magnífico artista gaúcho. 

Destaque-se, dentre mais de cinquenta bustos criados pelo talentoso escultor gaúcho, o do líder trabalhista e ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola, na Praça Albino Hillebrand, em Carazinho.  Ele tem ainda, entre suas fantásticas e colossais esculturas expostas em logradouros públicos do Rio Grande do Sul, o “Monumento ao Soldado Farroupilha Desconhecido”, em Rio Pardo, e o “Monumento à Paz Farroupilha”, em Dom Pedrito.










Coirolo, atualmente residindo em Florianópolis, fez questão, portando os esboços iniciais da estátua, de deslocar-se a Porto Alegre para ouvir Paixão Côrtes. Teve acesso ao acervo fotográfico, como base documental de diferentes épocas do pesquisador gaúcho. Mesmo a distância, esse diálogo manteve-se frequente, possibilitando a troca de opiniões de detalhes e oportunizando ao escultor captar, junto ao folclorista, seu modo de sentir mais natural. A hospitalização do folclorista, no final de 2012, dificultou essas conversas enriquecedoras.

O PROJETO

A partir de um diálogo entre Rui Francisco Ferreira Rodrigues, Patrão do “CTG Presilha do Pago” e Coordenador da 18ª Região Tradicionalista, e Duda Pinto, jornalista do periódico santanense “A Plateia”, surgiu a ideia de um monumento que retratasse Paixão Côrtes nos dias de hoje.

O objetivo era realizar, com a presença de Paixão Côrtes, uma homenagem pelo trabalho desenvolvido durante toda sua vida como folclorista e tradicionalista, tanto de fixação dos elementos formadores da identidade gaúcha, quanto de valorização e divulgação da referida cultura, nos mais diferentes momentos e rincões brasileiros e mundiais, que suas andanças e mensagens puderam alcançar. Ao mesmo tempo, buscava eternizar, em bronze, o “Gaúcho da nossa Fronteira”, reconhecendo em Paixão Côrtes a representatividade desse modelo.

Concebida como duas obras - o Monumento e o Memorial Paixão Côrtes -, está se realizando a fase do Monumento.

Há de reconhecer-se que a obra é fruto de quase três anos de insistência e persistência de Rui F. F. Rodrigues, que trabalhou para a aprovação do projeto no Pró-Cultura RS da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

A construção do Monumento é resultado da mobilização da sociedade santanesense. A produção cultural, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, aprovada em 2012, tem o CTG Presilha do Pago como produtor cultural, sob a coordenação de Rui F. F. Rodrigues.

Para concretizar essa iniciativa do CTG Presilha do Pago, Rui e sua esposa Andréa tiveram, desde o início, o apoio da Prefeitura de Sant’Ana do Livramento, pelo Prefeito Wainer Machado (gestão 2009-12) e da ATSL - Associação Tradicionalista de Sant’Ana do Livramento -, que se responsabilizaram pela manutenção da limpeza e iluminação do monumento.

O Projeto da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) obteve apoio financeiro da comunidade empresarial da cidade através da Righi Supermercados, da ALF - Augusto Leonel Fernandez - e da Recofran Alimentos.

PAIXÃO CÔRTES E SANT’ANA DO LIVRAMENTO

 
João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes nasceu, em 12 de julho de 1927, na cidade de Santana do Livramento. Filho de Júlio Paixão Côrtes e de Fátima D’Ávila Paixão Côrtes, tem suas heranças ligadas à vida pastoril em sua terra natal, a qual, desde pequenote, lhe oportunizou um vivenciar espontâneo das lides campeiras.
Acredita que seu interesse artístico esteja ligado ao de seu avô João Pedro Rodrigues D’Ávila, fazendeiro e gaiteiro de ocasião, no famoso “Rincão dos Ávila”, no Cerro Chato, interior de Sant’Ana do Livramento.
O próprio Paixão costuma dizer: “lá, se tu reboleares um laço de armada grande e de muitas rodilhas, e atirares a ‘campo-fora’ e laçares um bojo de uma macega, pode ‘cinchar’ que vem junto um ÁVILA  tocando ou cantando... Eu sai dançador...”
Sua vida escolar iniciou-se, em Sant’Ana do Livramento, no Colégio Rivadavea Corrêa (localizado antigamente na “linha divisória”) e no Colégio dos Maristas. Foi interrompida quando seu pai, Engenheiro Agrônomo da Secretaria de Agricultura, mudou-se com a família para Uruguaiana, onde foi exercer suas atividades profissionais.

As raízes familiares maternas mantiveram seu vínculo pessoal com sua terra, e, em diferentes momentos, retornou a “Sant’Ana” (como se refere à cidade) para convívio familiar.

Com a perda do pai, ainda na adolescência, retornou de Porto Alegre, período em que teve suas primeiras experiências artísticas de palco, ora no conjunto musical “Amigos da Onça”, ora fazendo a animação e locução de festas.
 
Foi na sua terra natal que participou do seu primeiro programa radiofônico gauchesco, na Rádio Cultura (emissora limitada ao perímetro urbano), com Orlando Simas, Teresa Almeida e Enio Simões, em 20 de setembro de 1948.

Na experiência dos seus 86 anos, entende ele que esses primeiros passos foram fundamentais para que posteriormente pudesse estar, na década de 50, fazendo programa de auditório, em rádios, e atuando em palcos da Europa.

Sua atuação como pesquisador, como artista, como Engenheiro Agrônomo, entre outras atividades, oportunizou inúmeras vezes a sua presença no município.

Em um momento estava em Sant’Ana como pesquisador da religiosidade rural rio-grandense, no início da década de 60, observando “os capelões” e seus “terceros” puxando terços, registrando documentalmente em seu livro “Folclore Gaúcho” (1984, reeditado em 2006).

Em outro momento, retornava para lançar o “Festival do Cordeiro e do Vinho”, para inaugurar o “Parque Eólico do Cerro Chato”, para visitar o Museu David Canabarro e para encontrar o tronco da Família D’Ávila.

Ainda, em atividade profissional, visitava produtores rurais e o parque industrial do município como Ovinotecnista da Secretaria da Agricultura/RS e classificador de lã.

  Em todas as andanças por lá, sempre encontrou, na cidade, amizades profundas e aproveitou para descobrir imagens de sua infância e adolescência na “Praça dos Cachorros” ou na “Praça Internacional”. 

Entre os fatos a destacar-se está o de outubro de 1948, quando ele entrevista a Srª Belmira Garcia Labarthe, a qual conheceu, em 1870, José Hernandez, autor do poema Martin Fierro, quando de sua hospedagem em Livramento. Inclusive, Paixão Côrtes possui, em seu acervo, livro autografado pela própria Srª. Labarthe. Este fato tem uma importância pessoal, pois Paixão nasceu justamente na casa que ficou registrada como local de estada de José Hernandez.

Sentiu o reconhecimento pessoal de sua cidade, em 1987, durante a Semana de Livramento, quando foi recepcionado calorosamente por uma multidão e uma centena de cavaleiros, recebendo do Poder Executivo, simbolicamente, as “chaves da cidade”. Pôde cumprimentar pessoalmente o grupo cavalariano.

Igualmente, foi recebido carinhosamente pelos santanenses, em 2007, na semana da cidade, que recebeu o título “Livramento é toda Paixão”, realizando diversas atividades culturais.

Sua intensa vivência com a comunidade santanense levou, em 2012, a Escola de Samba Tradição a homenageá-lo com o desfile carnavalesco “A Tradição canta e dança com Paixão”.

Paixão Côrtes ainda mantém múltipla atividade produtiva, publicando e doando gratuitamente mais de 350 mil exemplares de suas obras impressas, resultantes de suas pesquisas, para escolas públicas, universidades, bibliotecas e Centro de Tradições Gaúchas.

Em sua redobrada atividade nos meios de comunicação, em programas de rádio, televisão e cinema, e nas suas atividades artísticas, que o levaram por oito vezes a palcos europeus, em universidades de Paris e Londres, quando ampliou suas investigações em museus do velho continente, sempre levou consigo os hábitos, maneira e costumes do Rio Grande do Sul e da cultura da sua gente, da sua Sant’Ana do Livramento.

Por todos os lugares em que andou, Paixão Côrtes sempre teve como referência e marco de existência a sua terra natal: “Sou cria de Sant’Ana do Livramento e me orgulho disso!”.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pesquisas de Paixão Cortes preservaram tradições gaúchas


O Programa o Globo Rural iniciou, dia 10/04/2011, uma série de duas reportagens, realizadas pelo premiado jornalista José Hamilton Ribeiro, na qual conta um pouco da história do pesquisador Paixão Côrtes e mostra a trajetória do CTG, de como ele foi espalhado pelo Brasil e já está localizado em mais 12 países pelo mundo.A reportagem final, a ser apresentada dia 17/04/2011, conta sobre o funcionamento do Centro de Tradições Gaúchas. mostra a origem e funcionamento desse movimento.
Foto Zulema Paixão
As músicas, danças e outras tradições preservadas nos CTGs eram praticamente desconhecidas quando o movimento se iniciou. A recuperação delas foi trabalho de pouca gente e, nele, Paixão Cortes teve um destaque especial.

Conciliando seu trabalho de agrônomo com o de pesquisador de folclore, ele saiu pelo interior do Rio Grande do Sul atrás de pessoas idosas que lhe revelassem o modo antigo de vida dos gaúchos.

Assim, em tempos nos quais não havia grande valorização da cultura típica rio-grandense, ele se preocupou em viajar pelo seu estado para recolher parte de suas tradições, tais como letras de música e danças. Com isso, Paixão Côrtes reuniu um acervo de centenas de fitas gravadas, filmes super 8 e gravações em vídeo. Tudo isso é mantido por ele em sua própria casa.



Parte da reportagem pode ser apreciada no acesso abaixo

http://g1.globo.com/videos/economia/globo-rural/v/pesquisas-de-paixao-cortes-estabeleceram-preservacao-das-tradicoes-gauchas/1480806/

Destaca-se que o programa teve uma repercussão significativa, recebendo, o folclorista, várias manifestações de apreço dos mais diversos segmentos da sociedade.

As reportagens completas estão reproduzidas no Youtube.





terça-feira, 29 de março de 2011

Entrevista Paixão Côrtes - Caderno Cultura

Entrevista para o Caderno Cultura, Jornal Zero Hora, 15 de maio de 2004.
Com textos de Luís Augusto Fischer e Eduardo Wolf



Pode ser lida na Página do Gaúcho no acesso abaixo.

domingo, 6 de março de 2011

As vestes do O Laçador

“Antônio Caringi procuro-me em minha residência (na Rua Sarmento leite, 101, em Porto Alegre) para que posasse para o traço de seu lápis, o barro e o gesso de seus dedos. Como possuía uma espécie de museu, com trajes típicos, laços, boleadeiras, esporas, guaiacas, tirador, cuias, bombas e outros apetrechos, Caringi esteve várias vezes em minha casa. Tomava detalhes de mãos, braços, gestualidade e equilíbrio do tronco e pernas, peculiaridades e assentamento de cada peça ao corpo. Estas seções duravam de uma a duas horas, com as devidas paradas. Estava eu com 26 anos.


Assim, na grandiosidade da sua alma de artista, Caringi começava a criar e a modelar o seu ‘Laçador’, símbolo de um dos tipos mais característicos do homem rural gaúcho.
Desta forma surgiram aspectos sobre peças do vestuário do futuro Laçador.

1) Tirador: espécie de avental de couro curtido e sovado que identifica sobremaneira a figura do Laçador e que protege a coxa do gaúcho na hora do correr o laço no momento da sujeição do animal. O artista o fez um pouco mais curto para usar melhor harmonia plástica na visão das pernas da figura humana na escultura. E o fez no tamanho perfeitamente dentro dos parâmetros campeiros.


 


2) Laço: eu havia ganhado do velho campeiraço bageense Severino Paes um laço que, pelo seu tamanho, era bastante raro: 14 braças e trança de quatro tentos. Assim usado em razão da dificuldade que o gaúcho de antanho tinha frequentemente para acercar-se de animais semi-selvagens, muito ligeiros e perigosos, embora o campeiro procurasse montar cavalos ‘buenos de pata’ para laçar ‘campo a fora’. Ao manusear o laço demonstrativamente para Caringi formei uma armada maior, de acordo, abrindo-a adequadamente, de tal modo que essa, na parte inferior, ficasse apoiada no solo e a segurei, junto com as demais rodilhas harmonizadas em uma só mão, à direita, enchendo-a vigorosamente. Foi uma preocupação que tive para evitar eventuais discussões.
O laço, com suas respectivas voltas não pequenas e apropriadamente enrodilhadas, não estava disposto de forma rígida, mas caía bem ao natural, pois era sovado a pealo. Arrematava as extremidades desta peça a característica ilhapa, junto da argola (grande) proporcional ao comprimento do laço de um lado e, na outra, a presilha.



 
Laço original na inauguração e laço atual reposto após vandalismos.


3) Guaiaca: espécie de cinta de couro largo, onde, por meio de repartições, guarda-se dinheiro e documentos, e que se destina a ajustar a bombacha à cintura. Esta usada pelo Laçador teve como inspiração um modelo antigo que eu possuía: de duas fivelas, com flores em relevo (tipo fabricado por Abramo Eberle de Caxias do Sul) e discretos medalhões metálicos ornamentais em sua extensão, aspectos estes a lembrar, através de tais formas cinzeladas, o bom gosto da ourivesaria sul-rio-grandense em peças da vestuária gaúcha. O mesmo cabe para a fivela do tirador.


4) Bombacha: singela, sem exagero de panos, despida de plissados ou ornatos maiores (‘mondonguinhos’, ‘fofos’) e adequada às rudes lides do viver campestre. Enfim, uma bombacha como Mestre Caringi bem conhecia: não festivalesca. Foi dimensionada à sua sensibilidade plástica.




5) Lenço: foi disposto por Antônio Caringi em uso distinto ao do hábito atual. Seguiu modelo dantes. Mostrei-lhe como, passado ao redor do pescoço, tinha suas extremidades bem nas pontas, disposição esta que, num entrevero de ‘ferro branco’, permite ao gaúcho desvencilhar-se do lenço quando eventualmente seguro pelo desafiante durante a peleia. Em razão de o lenço ser dobrado em retângulo deviam aparecer ‘as duas mosquinhas’ (dobras angulares) às costas. O escultor deu-lhe assentamento ao seu gosto estético.

 

6) Camisa: simples, com gola e mangas dobradas e arregaçadas, adequadas à funcionalidade do laçar, botando a descobertos o vigor muscular dos braços e do peito seminu do campeiro, condizentes ao tipo de exercício árduo do seu trabalho quer nos parecer.


7) Botas: preferiu esculpi-las em modelo rústico, a ‘meio-pé’ (aparecendo dedos e ‘meia planta’ do pé assentada no solo), lembrando a bota ‘de garrão de potro’ modelo artesanal primitivo que lhe mostrei em peça do meu acervo museológico. Este objeto está até hoje longe da vivência campesina. Na concepção simbólica do artista a bota-de-meio-pé dá uma integração mais íntima e telúrica do homem-terra e chão nativo. O Laçador não está descalço e nem de alpargatas ou chinelos.

    

8) Vincha: fita estreita de pano, ou tento, disposta à cabeça, servia para prender ou sujeitar a abastada cabeleira que os gaúchos de outrora costumavam portar, cabelos estes, muitas vezes, aparados por afiadas facas. Pelos meus registros a vincha aparece com mais frequência na iconografia de ‘los gauchos cisplatinos’. Foi uma opção do escultor. Assim como o acréscimo de esporas ‘encabrestadas’ (tipo ‘chinela’ ou ‘papagaio’ virado para baixo) para dar mais assentamento plástico à figura maior, o motivo, junto ao pedestal de sustentação da estátua. A faca à cintura foi outra iniciativa sua” .
 

(Fotos de Carlos Paixão Côrtes)


Texto publicado em "O Laçador - Simbolo da Terra Gaúcha e sua Nova Morada " de J.C. Paixão Côrtes.

 

 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sítio do Laçador



    


“A ‘nova morada’ do Laçador está situada a 600 metros do antigo local, no oficial Largo do Bombeiro, popularizado erroneamente por Largo do Bombeador. Compreende espaço de 4 mil m² na Avenida dos Estados, em frente ao Terminal 2 do Aeroporto Internacional Salgado Filho, no sentido Porto Alegre-BR 116.


... Contextualmente a área tem os seguintes setores:


Coxilha do laçador: espaço circular e todo gramado. Em seu cume está localizado o complexo com a estátua a 3,50 metros de altura. Por sua vez o Laçador está assentado em pedestal trapezoidal de granito de 2 metros de altura, onde definitivamente está afixado em conjunto basilar de 4,45 metros. Está disposta frontalmente para quem chega à capital gaúcha pela estrada rodoviária da Região Nordeste do Estado ou para quem se desloca do Aeroporto para o Centro de Porto Alegre. Para quem deixa a cidade o Laçador transmite um olhar de adeus ou até breve!






Recanto da Tradição: dispostas retilineamente oito belas palmeiras (Jerivás) homenageiam de forma simbólica os nomes do ‘grupo dos 8’, comandados por Paixão Côrtes, que iniciaram a cavalgada em 1947 e que motivaram o nascimento do atual Movimento Tradicionalista Gaúcho. Bancos de cimento com capacidade para 130 pessoas completam o cenário.


    

Largo dos gaúchos: área ampla e livre de 1000 m² destinada para atividades de lazer e eventos comunitários. Nesse espaço está localizado colorido desenho da ‘rosa dos ventos’, com efeitos de pedras originais portuguesas.


Plataforma cívica: construção de 70 m² para atos cívicos ou acontecimentos comunitários diversos. Está à disposição para acendimento da chama Crioula do Movimento Tradicionalista ou outros eventos.


Estacionamento: existe um espaço especial para estacionamento de dezenas de veículos, ônibus turísticos e transportes escolares. Ainda, nos 4.000 m² do Sítio destacam-se vários anéis verdes com coloridas flores nativas sobressaindo-se a ‘Brinco de Princesa’, flor símbolo do Rio Grande do Sul”.



(Fotos de Carlos Paixão Côrtes)

Texto da publicação

Publicado em 2008, com 28 pgs., com fotos preto e branco e coloridas, no formato 15 x 21 cm, patrocinio do CTG Marco da Tradiçãol, Caxias do Sul (RS).

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Paixão Côrtes em Cerro Chato....




Aline WebberAssessoria de Comunicação Social e Marketing

Foto cedida por Aline Webber

ELETROSUL INAUGURA SETOR DE MANUTENÇÃO EM SANT´ANA DO LIVRAMENTO

Unidade deve agilizar o atendimento ao sistema energético na região da fronteira.
A expansão dos serviços oferecidos pela Eletrosul no Rio Grande do Sul está alterando o quadro econômico e contribuindo para o desenvolvimento da metade sul do Estado. Com a entrada em operação da linha de transmissão Presidente Médici-Santa Cruz 1, a construção da Usina de Energia Eólica Cerro Chato – localizada em Sant´Ana do Livramento – e a implantação da interligação Brasil-Uruguai, que prevê a construção de uma subestação de 500/230kV em Candiota e duas linhas de transmissão, a empresa está alterando a logística de atendimento a metade sul do Rio Grande do Sul.
O objetivo da nova estrutura é melhorar e agilizar o atendimento ao sistema energético do Estado, especialmente na região da fronteira. O evento de inauguração do novo setor está marcado para as 10 horas do dia 17 de janeiro, próxima segunda-feira. O Setor de Manutenção é o responsável pelos trabalhos de manutenção nas linhas, sistemas de proteção e controle, equipamentos de pátio das subestações e instalações elétricas com que fazem a interligação com o Uruguai e a Argentina. A região concentra, atualmente, um dos maiores investimentos da Eletrosul no RS, como a construção do Complexo Eólico.
Além da inauguração da nova unidade em Sant´Ana do Livramento, a Eletrosul promove uma palestra com o escritor, folclorista e músico Paixão Côrtes, uma das mais importantes figuras do tradicionalismo gaúcho, além de uma visita técnica à obra da usina eólica (informações abaixo).
O empreendimento - A construção das usinas eólicas – cuja conclusão deve acontecer no segundo semestre de 2011 – representa investimentos de R$ 400 milhões e a geração de 1.300 empregos diretos e 1.800 indiretos. Ao todo serão 90MW, capazes de produzir energia suficiente para abastecer uma cidade com 660 mil habitantes. A obra é resultado de uma parceria formada pela Eletrosul (com 90%) e pela Wobben (10%), subsidiária no Brasil da alemã Enercon, uma das maiores empresas mundiais de tecnologia para aerogeradores.
A usina contará, ainda, com uma subestação coletora em 230kV e uma linha de transmissão que levará a energia produzida até a Subestação Livramento 2, a partir da qual será distribuída para o Sistema Interligado Nacional.
Tradição e modernidade - O folclorista e compositor João Carlos Paixão Côrtes, nascido na localidade Cerro Chato em 1927 e referência do tradicionalismo gaúcho, fará uma palestra no dia 18/01 (terça-feira) às 17h30min na Câmara de Vereadores de Sant´Ana do Livramento .
Visita à obra de construção da Usina Eólica Cerro Chato - Na quarta-feira (dia 19/01), a partir das 8h30min, acontece uma visita técnica ao empreendimento. Estarão presentes a diretoria da Eletrosul, autoridades e imprensa. A visita contará, ainda, com a participação do folclorista Paixão Côrtes. Haverá transporte saindo do escritório da Usina (rua Rivadávia Correia, 1.271 – Centro).

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Paixão e as a Vozes do Rádio

Depoimento ao Projeto Vozes do Rádio do Jornalismo Famecos PUCRS, no ano de 2000.




Em primeiro de maio de 1955, ainda na rádio Farroupilha, Augusto Vampré diretor da emissora, convidou-o a apresentar um programa de auditório de caráter puramente regional. Paixão chamou o amigo Darci Fagundes, com quem formou uma dupla. Juntos lançaram o programa Grande Rodeio Coringa, que foi ao ar até 1957 e reformulou toda a história da fonografia riograndense, na comunicação dos temas regionais, abrindo caminho para músicos, cantores e compositores populares.




Há 40 anos, meados da década de 50, existiam apenas cinco músicas gauchescas catalogadas. Essa pobreza de sons moveu Paixão Côrtes a promover novos grupos musicais. Em seus programas foram lançados Os Gaudérios, o conjunto vocal Farroupilha e outros. O comunicador viajava com freqüência para pesquisar e identificar novos valores, liderando um processo de desenvolvimento da cultura regional.





Abaixo pode ser acessado o depoimento completo de Paixão Côrtes, podendo ser ouvido parte deste com programa adequado.

http://www.pucrs.br/famecos/vozesrad/paixao.htm